Refluxo, esofagite e H. pylori: causas, sintomas e estratégias naturais para aliviar
O refluxo gastroesofágico é uma condição cada vez mais comum, caracterizada pelo retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago. Ele pode gerar queimação, tosse, pigarro, dor torácica e sensação de bolo na garganta. Quando não tratado, pode evoluir para esofagite — inflamação da mucosa esofágica.
Além dos hábitos alimentares e emocionais, outro fator importante é a presença da H. pylori, uma bactéria que pode alterar a acidez gástrica, gerar inflamação e favorecer sintomas como refluxo, gastrite e desconforto abdominal.
H. pylori, refluxo e esofagite: qual é a relação?
A Helicobacter pylori é capaz de:
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reduzir a acidez gástrica em algumas pessoas,
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aumentar a inflamação da mucosa,
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alterar o esvaziamento gástrico,
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favorecer distensão e gases.
Tudo isso aumenta a probabilidade de refluxo.
A esofagite é classificada em graus (A, B, C e D), sendo C e D os mais graves, com erosões maiores. Quanto mais avançado o quadro, maior a necessidade de atenção, cuidado e mudanças no estilo de vida.
Higiene do sono e postura: elementos fundamentais no refluxo
Pequenas adaptações de rotina trazem grande alívio:
• Tome 2 copos de água ao acordar
Isso ajuda a “descer” o ácido acumulado durante a noite.
• Durma do lado esquerdo
Nessa posição, a anatomia do estômago dificulta o retorno do ácido para o esôfago.
• Incline a cama ou use travesseiro alto
Elevações de 15–20 cm reduzem significativamente episódios de refluxo noturno.
• Evite roupas apertadas
Pressão abdominal aumenta a pressão sobre o esfíncter esofágico inferior.
• Evite ficar inclinado para frente após as refeições
Essa postura empurra o conteúdo gástrico para cima.
Líquidos nas refeições: ajuste simples que ajuda muito
Durante as refeições, o ideal é não ingerir líquidos grandes volumes.
O recomendado:
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esperar 2 horas após a refeição para tomar líquidos;
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se necessário, apenas pequenos goles.
O excesso de líquido aumenta o volume gástrico, favorecendo o refluxo.
O papel do estresse no refluxo
Gerenciamento emocional é peça-chave. O estresse:
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reduz fluxo sanguíneo digestivo,
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altera a motilidade do estômago,
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aumenta contrações involuntárias,
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amplia a percepção da dor.
Técnicas como respiração, caminhada, meditação e pausas ativas reduzem episódios.
Exercício físico: um aliado essencial
A prática regular de atividade física melhora:
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motilidade intestinal,
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esvaziamento gástrico,
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inflamação sistêmica,
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regulação do sistema nervoso autônomo.
Refluxo e sedentarismo andam lado a lado.
Alimentação: o que evitar e o que incluir
❌ Alimentos que pioram o refluxo
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frituras e alimentos gordurosos
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chocolate e doces em excesso
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tomate e molhos de tomate
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pimenta e pimentão
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comidas cruas em excesso
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frutas ácidas (laranja, limão, abacaxi)
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bebidas alcoólicas
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bebidas gasosas
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alimentos muito quentes (sopa fervendo)
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alimentos muito frios (sorvete)
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embutidos, linguiças
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comidas excessivamente temperadas
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brócolis e couve-flor (para sensíveis à fermentação)
✔️ Alimentos que ajudam o estômago a se recuperar
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carnes, frango e peixe
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arroz
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feijão (para quem tolera bem)
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batatas
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saladas leves
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couve
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abobrinha
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cenoura cozida
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macarrão sem molho de tomate
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iogurte natural
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queijos com moderação
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banana
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mamão
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abacate
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mirtilos
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mel
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pães de baixa fermentação
👉 Mastigar bem é uma das estratégias mais eficazes para reduzir refluxo.
A digestão começa na boca — quanto mais triturado o alimento, menos esforço o estômago faz.
Suplementos que podem auxiliar (sempre com acompanhamento profissional)
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Aloe vera (calmante e cicatrizante da mucosa)
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Zinco carnosina (cicatrização gástrica)
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Mucilagens: slippery elm, marshmallow root
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Alcaçuz DGL (suporte à mucosa sem elevar pressão arterial)
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Probióticos (para modular microbiota em casos de disbiose)
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Enzimas digestivas (melhoram esvaziamento e reduzem fermentação)
Essas estratégias fortalecem a mucosa gástrica e reduzem a sensibilidade ao ácido.
Na maioria dos casos, refluxo está ligado a:
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má digestão,
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estresse,
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alimentação inadequada,
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sensibilidade da mucosa,
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disbiose,
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distensão abdominal,
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hábitos diários.
Com ajustes consistentes, a melhora é expressiva.
👉 Cuidar do refluxo é cuidar do estômago, do intestino e da rotina.
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