Câncer de cólon em jovens: nova pesquisa revela possível ligação com bactéria intestinal
🧬 O aumento do câncer colorretal entre jovens
O câncer de cólon, que antes era mais comum após os 60 anos, vem aumentando de forma preocupante entre os jovens.
Atualmente, um em cada cinco casos diagnosticados ocorre em pessoas com menos de 54 anos, representando um aumento de 11% nas últimas duas décadas.
O que está por trás desse crescimento em faixas etárias mais jovens tem intrigado médicos e cientistas — mas um novo estudo acaba de trazer pistas importantes.
🦠 A bactéria intestinal sob suspeita
Pesquisadores identificaram uma possível causa: a colibactina, uma toxina produzida por determinadas cepas da Escherichia coli (E. coli) e outras bactérias intestinais.
Essa substância tem a capacidade de danificar o DNA das células intestinais, provocando mutações que, ao longo do tempo, podem favorecer o surgimento de tumores.
O estudo, publicado recentemente na revista científica Nature, mostrou uma forte ligação entre a exposição à colibactina durante a infância e o desenvolvimento de câncer colorretal em adultos jovens (menores de 40 anos).
📎 Referência: Nature — Childhood exposure to colibactin and colorectal cancer risk
🔍 O que os cientistas descobriram
Os pesquisadores analisaram amostras do microbioma intestinal de pacientes e encontraram assinaturas genéticas específicas de dano causado pela colibactina.
Esses danos foram observados em tumores colorretais de pacientes jovens, sugerindo que a infecção ou desequilíbrio da microbiota na infância pode deixar “marcas” permanentes no DNA intestinal.
Em outras palavras, a exposição precoce a certos tipos de bactérias pode iniciar processos que só se manifestam anos depois, quando o corpo já apresenta inflamação e disbiose acumuladas.
🍔 O papel da alimentação moderna
As evidências também apontam que o padrão alimentar ocidental — rico em ultraprocessados, açúcares adicionados, farinhas refinadas e pobre em frutas e vegetais — favorece a proliferação de bactérias produtoras de colibactina.
Essa combinação cria um ambiente intestinal inflamado e propício ao crescimento de micro-organismos disbióticos, aumentando ainda mais o risco de alterações celulares.
🌿 O que fazer para proteger o intestino
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Priorize alimentos naturais e ricos em fibras, como frutas, vegetais e legumes.
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Inclua prebióticos e probióticos (como iogurte, kefir, kimchi, aspargos e banana-verde) para restaurar a microbiota.
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Evite ultraprocessados, açúcares e refrigerantes, que alimentam bactérias inflamatórias.
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Mantenha o intestino ativo, com boa hidratação e rotina de sono adequada.
Esses hábitos fortalecem a barreira intestinal e ajudam a impedir que compostos tóxicos causem danos duradouros às células do cólon.
💚 Conclusão
O estudo reforça o que a ciência da nutrição funcional já vem mostrando: a saúde intestinal é um dos pilares mais importantes na prevenção do câncer.
Cuidar da microbiota desde cedo é investir na longevidade e na imunidade — especialmente em uma era em que doenças antes “de adultos” estão aparecendo cada vez mais cedo.
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