Refluxo, esofagite e H. pylori: causas, sintomas e estratégias naturais para aliviar

Refluxo, esofagite e H. pylori: causas, sintomas e estratégias naturais para aliviar

15 de dezembro de 2025 0 Por Carla Menna

O refluxo gastroesofágico é uma condição cada vez mais comum, caracterizada pelo retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago. Ele pode gerar queimação, tosse, pigarro, dor torácica e sensação de bolo na garganta. Quando não tratado, pode evoluir para esofagite — inflamação da mucosa esofágica.

Além dos hábitos alimentares e emocionais, outro fator importante é a presença da H. pylori, uma bactéria que pode alterar a acidez gástrica, gerar inflamação e favorecer sintomas como refluxo, gastrite e desconforto abdominal.

H. pylori, refluxo e esofagite: qual é a relação?

A Helicobacter pylori é capaz de:

  • reduzir a acidez gástrica em algumas pessoas,

  • aumentar a inflamação da mucosa,

  • alterar o esvaziamento gástrico,

  • favorecer distensão e gases.

Tudo isso aumenta a probabilidade de refluxo.

A esofagite é classificada em graus (A, B, C e D), sendo C e D os mais graves, com erosões maiores. Quanto mais avançado o quadro, maior a necessidade de atenção, cuidado e mudanças no estilo de vida.

Higiene do sono e postura: elementos fundamentais no refluxo

Pequenas adaptações de rotina trazem grande alívio:

• Tome 2 copos de água ao acordar

Isso ajuda a “descer” o ácido acumulado durante a noite.

• Durma do lado esquerdo

Nessa posição, a anatomia do estômago dificulta o retorno do ácido para o esôfago.

• Incline a cama ou use travesseiro alto

Elevações de 15–20 cm reduzem significativamente episódios de refluxo noturno.

• Evite roupas apertadas

Pressão abdominal aumenta a pressão sobre o esfíncter esofágico inferior.

• Evite ficar inclinado para frente após as refeições

Essa postura empurra o conteúdo gástrico para cima.

Líquidos nas refeições: ajuste simples que ajuda muito

Durante as refeições, o ideal é não ingerir líquidos grandes volumes.
O recomendado:

  • esperar 2 horas após a refeição para tomar líquidos;

  • se necessário, apenas pequenos goles.

O excesso de líquido aumenta o volume gástrico, favorecendo o refluxo.

O papel do estresse no refluxo

Gerenciamento emocional é peça-chave. O estresse:

  • reduz fluxo sanguíneo digestivo,

  • altera a motilidade do estômago,

  • aumenta contrações involuntárias,

  • amplia a percepção da dor.

Técnicas como respiração, caminhada, meditação e pausas ativas reduzem episódios.

Exercício físico: um aliado essencial

A prática regular de atividade física melhora:

  • motilidade intestinal,

  • esvaziamento gástrico,

  • inflamação sistêmica,

  • regulação do sistema nervoso autônomo.

Refluxo e sedentarismo andam lado a lado.

Alimentação: o que evitar e o que incluir

Alimentos que pioram o refluxo

  • frituras e alimentos gordurosos

  • chocolate e doces em excesso

  • tomate e molhos de tomate

  • pimenta e pimentão

  • comidas cruas em excesso

  • frutas ácidas (laranja, limão, abacaxi)

  • bebidas alcoólicas

  • bebidas gasosas

  • alimentos muito quentes (sopa fervendo)

  • alimentos muito frios (sorvete)

  • embutidos, linguiças

  • comidas excessivamente temperadas

  • brócolis e couve-flor (para sensíveis à fermentação)

✔️ Alimentos que ajudam o estômago a se recuperar

  • carnes, frango e peixe

  • arroz

  • feijão (para quem tolera bem)

  • batatas

  • saladas leves

  • couve

  • abobrinha

  • cenoura cozida

  • macarrão sem molho de tomate

  • iogurte natural

  • queijos com moderação

  • banana

  • mamão

  • abacate

  • mirtilos

  • mel

  • pães de baixa fermentação

👉 Mastigar bem é uma das estratégias mais eficazes para reduzir refluxo.
A digestão começa na boca — quanto mais triturado o alimento, menos esforço o estômago faz.

Suplementos que podem auxiliar (sempre com acompanhamento profissional)

  • Aloe vera (calmante e cicatrizante da mucosa)

  • Zinco carnosina (cicatrização gástrica)

  • Mucilagens: slippery elm, marshmallow root

  • Alcaçuz DGL (suporte à mucosa sem elevar pressão arterial)

  • Probióticos (para modular microbiota em casos de disbiose)

  • Enzimas digestivas (melhoram esvaziamento e reduzem fermentação)

Essas estratégias fortalecem a mucosa gástrica e reduzem a sensibilidade ao ácido.

Na maioria dos casos, refluxo está ligado a:

  • má digestão,

  • estresse,

  • alimentação inadequada,

  • sensibilidade da mucosa,

  • disbiose,

  • distensão abdominal,

  • hábitos diários.

Com ajustes consistentes, a melhora é expressiva.

👉 Cuidar do refluxo é cuidar do estômago, do intestino e da rotina.


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