H. pylori: sintomas, riscos e como essa bactéria danifica seu estômago

H. pylori: sintomas, riscos e como essa bactéria danifica seu estômago

1 de dezembro de 2025 0 Por Carla Menna

O que você vai aprender neste artigo

  • Como a H. pylori causa inflamação, gastrite e danos à mucosa

  • Por que essa bactéria resiste ao ácido estomacal

  • Os sintomas clássicos e os sintomas silenciosos

  • O papel da urease, da amônia e da hipocloridria

  • Principais tratamentos com evidência científica

  • Substâncias naturais estudadas que auxiliam na regeneração gástrica

A relação entre H. pylori, gastrite crônica e alterações da acidez gástrica é amplamente documentada em revisões recentes publicadas em Gastroenterology e World Journal of Gastroenterology.


H. pylori: sintomas, riscos e tratamentos com evidência científica

A Helicobacter pylori é uma das infecções digestivas mais comuns do mundo e está associada a gastrite crônica, úlcera péptica, inflamação persistente da mucosa e maior risco de complicações gastrointestinais. A OMS classifica a bactéria como carcinógeno tipo I devido à sua relação com câncer gástrico.

Estudos descrevem a H. pylori como um microrganismo altamente adaptado ao ambiente ácido do estômago, capaz de alterar o pH, danificar células da mucosa e desencadear respostas inflamatórias de longa duração (Gastroenterology, 2023; World Journal of Gastroenterology, 2020).


Como a H. pylori sobrevive e danifica o estômago

Produção de hipocloridria

A bactéria reduz a produção de ácido gástrico para criar um ambiente mais favorável à sua sobrevivência. A hipocloridria está associada a pior digestão, refluxo, fermentação alimentar e inflamação.

Liberação de urease e produção de amônia

A H. pylori secreta urease, que converte ureia em amônia. A amônia neutraliza o ácido ao redor da bactéria e causa toxicidade local, irritação da mucosa e inflamação.

Aderência à mucosa e dano direto

Com seus flagelos, a bactéria se prende à mucosa gástrica e gera lesões celulares que favorecem gastrite erosiva e úlceras. Estudos demonstram que esse dano está associado ao aumento de citocinas inflamatórias e estresse oxidativo.


Sintomas da H. pylori

  • dor estomacal ou sensação de queimação

  • diminuição do apetite

  • náusea e vômitos

  • estufamento pós-refeição

  • arrotos frequentes

  • refluxo

  • perda de peso não intencional

  • fezes escuras ou com sangue (em casos graves)

A infecção pode ser silenciosa, mas quando progride causa desconforto intenso e inflamação persistente.


Consequências para estômago e intestino

A inflamação causada pela H. pylori compromete:

  • digestão de proteínas

  • absorção de ferro e vitamina B12

  • integridade da mucosa

  • produção de ácido

  • equilíbrio da microbiota

A redução da acidez estomacal favorece disbiose, crescimento bacteriano no intestino delgado e má digestão.

Tratamentos

1. Terapia convencional tripla/quádrupla (médica)

Consiste em antibióticos combinados com inibidores de bomba de prótons (IBP). Revisões mostram taxas de erradicação entre 70–90%, dependendo da resistência bacteriana (Lancet Infectious Diseases, 2022).

2. Probióticos que reduzem a carga bacteriana

Estudos mostram que certas cepas reduzem a colonização, inflamação e efeitos colaterais do tratamento convencional:

  • Lactobacillus reuteri

  • Lactobacillus rhamnosus GG

  • Saccharomyces boulardii

As revisões indicam melhora de sintomas e redução de diarreia e náusea durante o tratamento (Journal of Clinical Gastroenterology, 2021).

3. Zinco-carnosina

Suplemento estudado para cicatrização da mucosa gástrica. Evidências mostram que reduz inflamação, melhora dor e favorece reparo tecidual (Clinical Nutrition, 2020).

4. Glutamina

Aminoácido essencial para regeneração da mucosa, redução da permeabilidade e proteção gástrica. Estudos relatam melhora da dor e irritação.

5. Sulforafano (extrato de brócolis)

Antioxidante com ação antimicrobiana contra H. pylori. Pesquisas mostram redução da carga bacteriana e diminuição de marcadores inflamatórios (Cancer Prevention Research, 2020).

6. Mel de Manuka

Possui propriedades antimicrobianas e antioxidantes que podem auxiliar na irritação gástrica.

7. Aloe vera

Auxilia na cicatrização, redução da dor e diminuição da inflamação da mucosa.

8. Dieta anti-inflamatória

Dieta rica em vegetais cozidos, frutas de baixa acidez, proteínas leves, azeite, fibras solúveis e alimentos anti-inflamatórios.

Evitar:
café em excesso, álcool, frituras, açúcar, ultraprocessados e pimenta.

Conclusão

A H. pylori é uma infecção com forte impacto sobre a mucosa gástrica, capacidade digestiva e inflamação local. Estudos mostram que a bactéria altera o pH estomacal, produz toxinas e gera danos celulares que podem evoluir para gastrite, úlceras e deficiências nutricionais.

O tratamento envolve terapia médica e estratégias complementarmente estudadas, como probióticos específicos, zinco-carnosina, glutamina e sulforafano — todos com evidências clínicas de suporte à cicatrização e redução da inflamação.


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