H. pylori: sintomas, riscos e como essa bactéria danifica seu estômago
O que você vai aprender neste artigo
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Como a H. pylori causa inflamação, gastrite e danos à mucosa
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Por que essa bactéria resiste ao ácido estomacal
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Os sintomas clássicos e os sintomas silenciosos
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O papel da urease, da amônia e da hipocloridria
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Principais tratamentos com evidência científica
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Substâncias naturais estudadas que auxiliam na regeneração gástrica
A relação entre H. pylori, gastrite crônica e alterações da acidez gástrica é amplamente documentada em revisões recentes publicadas em Gastroenterology e World Journal of Gastroenterology.
H. pylori: sintomas, riscos e tratamentos com evidência científica
A Helicobacter pylori é uma das infecções digestivas mais comuns do mundo e está associada a gastrite crônica, úlcera péptica, inflamação persistente da mucosa e maior risco de complicações gastrointestinais. A OMS classifica a bactéria como carcinógeno tipo I devido à sua relação com câncer gástrico.
Estudos descrevem a H. pylori como um microrganismo altamente adaptado ao ambiente ácido do estômago, capaz de alterar o pH, danificar células da mucosa e desencadear respostas inflamatórias de longa duração (Gastroenterology, 2023; World Journal of Gastroenterology, 2020).
Como a H. pylori sobrevive e danifica o estômago
Produção de hipocloridria
A bactéria reduz a produção de ácido gástrico para criar um ambiente mais favorável à sua sobrevivência. A hipocloridria está associada a pior digestão, refluxo, fermentação alimentar e inflamação.
Liberação de urease e produção de amônia
A H. pylori secreta urease, que converte ureia em amônia. A amônia neutraliza o ácido ao redor da bactéria e causa toxicidade local, irritação da mucosa e inflamação.
Aderência à mucosa e dano direto
Com seus flagelos, a bactéria se prende à mucosa gástrica e gera lesões celulares que favorecem gastrite erosiva e úlceras. Estudos demonstram que esse dano está associado ao aumento de citocinas inflamatórias e estresse oxidativo.
Sintomas da H. pylori
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dor estomacal ou sensação de queimação
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diminuição do apetite
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náusea e vômitos
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estufamento pós-refeição
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arrotos frequentes
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refluxo
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perda de peso não intencional
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fezes escuras ou com sangue (em casos graves)
A infecção pode ser silenciosa, mas quando progride causa desconforto intenso e inflamação persistente.
Consequências para estômago e intestino
A inflamação causada pela H. pylori compromete:
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digestão de proteínas
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absorção de ferro e vitamina B12
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integridade da mucosa
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produção de ácido
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equilíbrio da microbiota
A redução da acidez estomacal favorece disbiose, crescimento bacteriano no intestino delgado e má digestão.
Tratamentos
1. Terapia convencional tripla/quádrupla (médica)
Consiste em antibióticos combinados com inibidores de bomba de prótons (IBP). Revisões mostram taxas de erradicação entre 70–90%, dependendo da resistência bacteriana (Lancet Infectious Diseases, 2022).
2. Probióticos que reduzem a carga bacteriana
Estudos mostram que certas cepas reduzem a colonização, inflamação e efeitos colaterais do tratamento convencional:
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Lactobacillus reuteri
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Lactobacillus rhamnosus GG
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Saccharomyces boulardii
As revisões indicam melhora de sintomas e redução de diarreia e náusea durante o tratamento (Journal of Clinical Gastroenterology, 2021).
3. Zinco-carnosina
Suplemento estudado para cicatrização da mucosa gástrica. Evidências mostram que reduz inflamação, melhora dor e favorece reparo tecidual (Clinical Nutrition, 2020).
4. Glutamina
Aminoácido essencial para regeneração da mucosa, redução da permeabilidade e proteção gástrica. Estudos relatam melhora da dor e irritação.
5. Sulforafano (extrato de brócolis)
Antioxidante com ação antimicrobiana contra H. pylori. Pesquisas mostram redução da carga bacteriana e diminuição de marcadores inflamatórios (Cancer Prevention Research, 2020).
6. Mel de Manuka
Possui propriedades antimicrobianas e antioxidantes que podem auxiliar na irritação gástrica.
7. Aloe vera
Auxilia na cicatrização, redução da dor e diminuição da inflamação da mucosa.
8. Dieta anti-inflamatória
Dieta rica em vegetais cozidos, frutas de baixa acidez, proteínas leves, azeite, fibras solúveis e alimentos anti-inflamatórios.
Evitar:
café em excesso, álcool, frituras, açúcar, ultraprocessados e pimenta.
Conclusão
A H. pylori é uma infecção com forte impacto sobre a mucosa gástrica, capacidade digestiva e inflamação local. Estudos mostram que a bactéria altera o pH estomacal, produz toxinas e gera danos celulares que podem evoluir para gastrite, úlceras e deficiências nutricionais.
O tratamento envolve terapia médica e estratégias complementarmente estudadas, como probióticos específicos, zinco-carnosina, glutamina e sulforafano — todos com evidências clínicas de suporte à cicatrização e redução da inflamação.
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